29 de maio de 2011

Apenas mais um

Fonte: es.wikipedia.org
Quando Felipe Massa estreou na F1 todos os brasileiros alimentaram suas esperanças com a possibilidade de ser ele o sucessor de Senna.

Os mais exaltados até produziram um vídeo em que ele era colocado como um prodígio, visto que começou bem, enquanto seu compatriota Rubens Barrichello não correspondia. (veja o vídeo de um torcedor indignado com o Rubinho: http://www.youtube.com/watch?v=TV5q5SJTkfQ&feature=fvwrel)

Talvez, esse torcedor devesse produzir um vídeo com o Massa sendo o seu alvo. Sim, pois desde 2005 (7 anos) ele apenas vem decepcionando a torcida. Bem, talvez seja o caso de esperar mais 3, para completar 10 anos, ou mais 5, para chegar ao feito de Rubinho.

Hoje, mais uma vez, Massa deu desculpas e mais desculpas. Criticou Hamilton, que o teria tirado da corrida, mas não convenceu. Semana passada, voltou a criticar os pneus.

O fato é que dificilmente veremos um piloto como Senna. Ele era mais que um piloto, por isso se tornou herói. Por isso, todos os brasileiros sonham o dia em que veremos outro piloto como ele. Não veremos.

Enquanto isso, nos resta ver os alemães passearem nas pistas, nos divertir com o Rubinho e começar a pensar que Massa não é diferente dele. É mais um piloto na massa de pilotos da F1.

23 de maio de 2011

Campanha: Um dia sem gente diferenciada

Fonte: radioativoblog
Passados os protestos sobre o metrô em Higienópolis e com os ânimos arrefecidos, é possível fazer uma análise menos inflamada sobre o assunto.




O churrasco de "gente diferenciada" organizado por pessoas da periferia de SP, há alguns dias, mostra como o brasileiro tem um senso de humor bastante aprimorado.




Em qualquer outro país, a discriminação a que os menos favorecidos são submetidos seria resolvida com um panelaço, com ruas interditadas por barricadas ou colchões queimados e outras manifestações mais contundentes.

Às vezes me pergunto se não seria melhor. Volto. Sei que a violência não leva a nada nesses casos e que o brasileiro dá uma lição de civilidade em ocasiões como essa. Contudo, nossa natureza é a de sempre levar tudo na base da piada e tão somente na piada.



É possível, de modo pacífico, protestar contra abusos e discriminações. Contudo, passividade não significa inércia. É preciso fazer mais.

Lembro-me de que as pessoas se reuniam para lutar contra a ditadura. A imagem da Praça da Sé lotada, nas Direta Já, é uma de minhas lembranças mais antigas. O povo era mais aguerrido e conseguiu o que queria.




E se a massa, formada por gente diferenciada, resolvesse ser um pouco mais incisiva?

Talvez ela fizesse o que os mexicanos e outros povos latinos fizeram nos EUA, algum tempo atrás, com o "Um dia sem mexicanos".

O que aconteceria se a "gente diferenciada" parasse por um dia? Higienópolis funcionaria? A Paulista? A região da Berrini? Ora, ora. Não fosse essa gente diferenciada, que aceita trabalhar por salários de excremento, a gente não-diferenciada teria sérios problemas para continuar sendo o que são: elite.


As elites só existem porque há gente diferenciada nesse mundo. Portanto, senhores, não impeçam que o metrô de Brasilândia chegue ao seu bairro.

8 de maio de 2011

Sim, ele é americano!

Fonte: David Bor




Nas últimas semana a nacionalidade do presidente Barack Obama, dos EUA, foi questionada.


Embora ele seja diferente fisicamente dos demais, sua cor de pele não esconde sua americanidade, que ficou ainda mais latente depois do assassinato de Osama Bin Laden.



Para um governo bastante apático, para não dizer frustrante, a cabeça de Osama (que deve estar sendo degustada por algum tubarão) é um ótimo combustível para a popularidade de um presidente, numa nação que já reverenciou crápulas com Bush (tanto pai, quanto filho).



Sim. Obama é tão americano quanto eles. Curiosamente, o governo de Bush também estava bem morno, até que os atentados contra o World Trade Center aconteceram. Foi o que Bush queria para se firmar.



Obama, que até então não havia decolado, saboreia a vitória contra o terror. Ao menos internamente. Os grupos fundamentalistas (que nada têm que ver com Islão, vale lembrar) não vão deixar por menos e não paparão até que a América seja banhada em sangue.



A cena do povo americano festejando nas ruas é no mínimo repugnante. Não que Osama não merecesse o fim que teve. Mas como disse na semana passada o rapper brasileiro Mano Brown, trata-se de "terrorista matando terrorista".



E graças ao americano Obama (sim, Mr. Trump), mais uma dezena de anos de ódio está garantida. além do próximo mandato de um presidente tão querido por todos os que louvam os (duvidosos) ideias de liberdade e democracia do polícia do mundo. Eles: os Estados Unidos da América.