31 de maio de 2009

Susan Boyle não perdeu. Ela ganhou. E muito!

Há algum tempo escrevi o texto abaixo, que trata do fenômeno Susan Boyle como um fenômeno midiático. No texto, afirmo que não é apenas isso. Contudo, também é isso (que doideira)!

Embora tenha perdido o concurso, ela ganhou muito em notoriedade. E, por que não, nós também? Ganhamos muito ao ver alguém como ela. Segue texto escrito há algumas semanas:

Foto: hitnarede.com
Mais que imagem, o talento arrasta o público

Não vejo outra forma de explicar o "fenômeno midiático" (creio ser mais correto afirmar que se trata de um fenômeno musical, e por isso chamou a atenção) se não passar primeiro pelo fato daquela senhora ter um talento fora do comum.

Bem, talento a parte, inicio a análise do fenômeno pelo fenômeno. Uma vez que algo é curioso, inusitado ou inesperado, o interesse do público aumenta. De modo estereotipado, o público estava condicionado a enxergar pessoas como Susan Boyle um fiasco, seja qual for a situação a que estejam expostas.A balançada que ela dá na cintura logo após ter divulgado sua idade provoca risos na platéia e entre os jurados.

É uma imagem forte. Citando Ciro Marcondes Filho, a imagem é "o sentido mais preciso para sua (referindo-se ao homem) orientação". Sem envolver o talento (se é que isso é possível), o fato de ter ocorrido uma surpresa ao público, algo inesperado e que quebrou o mesmo estereótipo anteriormente criado, conduz com essa mesma força a busca desencadeada na rede mundial de computadores.

O fenômeno Susan Boyle se fortalece na medida em que os anônimos de talento de todo o mundo se realizam na fantasia de que poderiam ser elas as cantoras daquele palco, como afirmam Santaella e Nöth.

No momento em que ocorre a identificação, há também uma opinião formada, que no caso de Boyle foi a mais favorável possível.Susan quebrou paradigmas que os próprios meios e a sociedade impuseram aos seus programas formatados. As pessoas estão carentes de personalidades. As celebridades tomaram seu espaço.

Claro que pode ser mais agradável ou belo (e o conceito de belo é bastante discutível, especialmente nesse caso) ver uma celebridade como a jurada que aparece no programa, mas ouvir Susan nos faz pensar que ela é uma personalidade, independentemente de sua imagem. E, sim, é uma exemplificação do belo, tal qual uma foto de Sebastião Salgado.

2 de maio de 2009

Piracicabano pode vencer prêmio de música erudita

Fonte: www.quintetovillalobos.com.br






Luís Carlos Justi integra o Quinteto Villa-Lobos, que está na final do Carlos Gomes.

Piracicaba terá um músico entre os finalistas do Prêmio Carlos Gomes de música erudita, uma das premiações mais importantes do país. A entrega dos prêmios será no dia 11 de maio, em um conhecido espaço artístico da capital: a Sala São Paulo.

Luís Carlos Justi toca oboé no Quinteto Villa-Lobos, que concorre na categoria de melhor conjunto de câmara. O grupo chega à final credenciado pelas turnês no interior do Estado do Rio de Janeiro, bem como os eventos realizados no Chile, Paraguai, Peru e Equador, em 2008.

Na Escola de Música de Piracicaba estudou com Ernst Mahle e José Davino Rosa. Na mesma escola, obteve o primeiro lugar do II Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil, em 1973. Mais tarde, se aperfeiçoou na Escola Superior de Música e Teatro de Hannover, Alemanha, pelo DAAD, Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.

Justi é doutor em música com a tese Uma visão da interpretação em Villa-Lobos – o Duo para oboé e fagote. É diretor artístico do Festival de Música de Câmara de Caxias do Sul e do Festival Internacional de Música Brasil-Alemanha, um convenio da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) com a Escola Superior de Música de Karlsruhe, Alemanha.

Além de Justi, o quinteto conta com os professores universitários Antonio Carrasqueira, flauta; Paulo Sergio Santos, clarinete; Philip Doyle, trompa; e Aloysio Fagerlande no fagote. Este, assim como Justi, é doutor em música com uma tese sobre Villa-Lobos. “Assim, somos dois "doutores" em Villa-Lobos no QVL”, ressalta o piracicabano.