28 de setembro de 2009

O homem cria condições que ele mesmo não utiliza...

Reflexões sobre a evolução tecnológica!

McLuhan afirma que os meios são extensão do homem. Baseado nesse conceito, é possível afirmar que o homem é que evoluiu, sendo a evolução tecnológica uma conseqüência do avanço humano.

blig.ig.com.br
Entretanto, o homem ainda não aprendeu a usar, em seu próprio benefício, as inovações que vieram com tanta tecnologia, sobretudo na comunicação. E os que acham que os meios tradicionais são obsoletos não enxergam algumas facetas obscuras dos meios em geral.
Deve-se ressaltar que a mídia tradicional tem a capacidade de ser tão interativa quanto aos novos meios, mas seu potencial também é subaproveitado. Um programa de rádio ou televisão, por exemplo, pode ser interativo, sim. Os meios impressos também. A grande questão é saber se os detentores dos meios querem ser tão interativos.

Afirmar de modo categórico que a Internet trouxe tal interatividade também pode ser um equívoco. Até que ponto se pode afirmar que uma mídia é democrática se, em muitos dos fóruns que existem, as mensagens do internauta serão avaliadas antes de sua publicação?

Os conteúdos também podem “subir” às páginas de modo a privilegiar determinados pontos de vista, em detrimento de outros. Falar sobre participação e meios de comunicação é um pouco complicado no Brasil. Basta estudar a história da Comunicação aqui.

Entre mortos e feridos, é inegável que, acima de todos os outros, a Internet é o meio que pode propiciar maior participação, gestão democrática dos conteúdos e discussão sobre os rumos a serem tomados, o que não significa que já o seja hoje. É preciso avançar mais.

7 de setembro de 2009

Independente do quê?

Foto: familycourtchronicles.com
O Brasil comemora mais um ano de independência. Mas do quê? Ou de quem?

Em quase 190 anos de governo independente, não conseguimos nos libertar da servidão da desigualdade, exacerbada nos grandes centros.

Ainda somos uma república de bananas, que não investe o suficiente na educação de base e que no topo deixa seus cérebros imigrar para países como o Canadá.

Não existe independência na saúde. O serviço público é um caos, mas os serviços particulares deixam a desejar também.

Isso sem falar da segurança pública, que sofre um processo oculto de privatização. A maior parte das empresas de segurança tem como proprietários os coronéis das PM's de todo o Brasil. Claro, estão registradas em nome de laranjas.

As grandes fusões bancárias servem aos interesses de poucos. Concentram o crédito e caracterizam um cartel sem escrúpulos dos quais o setor (realmente) produtivo fica refém. Para que serve o CADE? Cadê o CADE?! Deviam ir para a CADEia junto com os banqueiros.

Além disso, temos a multiplicação das inverdades se proliferando na grande mídia. O jornalismo serve apenas aos interesses dos poderosos. Seu caráter funcionalista pinta com as cores do país do futuro uma nação que só se vê nas telas de TV.

Existem dois Brasis. Um que é o mundo encantado da burguesia. Outro que não vive, mas agoniza e espera pelo dia em que alguma revolução, liderada por algum líder que ainda venha a nascer, leve a cabo um processo de indepêndencia dos que controlam e mandam neste país.